Projeto de Indicação nº 24/ 2006

 

 

 

Autoriza a isenção do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre a Prestação de Serviço de Transporte Intermunicipal e interestadual e de Comunicação – ICMS, sobre a venda, no varejo, de preservativos femininos, conhecidas como “camisinha feminina”.

 

 

Art. 1º - Indica ao Poder Executivo a isenção do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre a Prestação de Serviço de Transporte Intermunicipal e interestadual e de Comunicação – ICMS sobre a venda, no varejo, de preservativos femininos, conhecidas como “camisinha feminina”.

Art. 2º - Esta lei entra em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

 

Sala das Sessões da Assembléia Legislativa, aos

 

 

Justificativa

 

A partir de outubro de 1999 o Ministério da Saúde começou a distribuir dois milhões de preservativos para a mulher nos postos de saúde de todo o país. Trata-se da camisinha feminina, que foram, Inicialmente, destinadas apenas aos grupos mais vulneráveis ao vírus HIV, como as prostitutas.

Segundo pesquisa realizada com 2.453 mulheres, a aceitação desse método contraceptivo foi de 70% dentro do grupo com média de idade de 30 anos.

A pesquisa apresentou os seguintes resultados:

 

Principais vantagens

·         proteção contra DST/AIDS = 62%,

·         conforto = 38%, e

·         autonomia que permite à mulher = 27%.

 

Existem questionamentos sobre a eficiência da camisinha feminina em relação a ao preservativo masculino, e elas decorrem tão somente da falta de informação, pois, se bem colocada, ela evita todas as doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez. O grande problema é que ela ainda é pouco conhecida entre a maioria das mulheres e custa mais caro. Sua grande utilidade, nos casos em que o parceiro não gosta de usar camisinha, é que o seu uso depende apenas da mulher, podendo ser colocada até 8 horas antes do ato sexual, facilitando para a mulher a prevenção, proporcionando-lhe o poder de decidir sobre o uso de um preservativo.

Assim, o presente projeto indicativo de lei pretende reduzir o preço ao consumidor do preservativo feminino, que custa entre R$ 2,00 e R$ 3,00, tornando-o inacessível à parcela significativa da população cearense.

 

 

 

Íris Tavares

Deputada Estadual - PT

Presidente da Comissão de Direitos

Humanos e Cidadania