PROJETO DE LEI N.º 678/2021
“DENOMINA DE JOÃO LEVY MACÊDO BONFIM O CENTRO
DE EDUCAÇÃO INFANTIL (CEI) A SER CONSTRUÍDO NA RUA TOLENTINO
ALVES VIEIRA, NO BAIRRO PLACA, ZONA URBANA DO MUNICÍPIO DE
INDEPENDÊNCIA/CE.
A ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ RESOLVE:
Art.
1º Fica denominado de JOÃO LEVY MACÊDO BONFIM o CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL
(CEI) a ser construído, pelo Governo do Estado do
Ceará, na Rua Tolentino Alves Vieira, no bairro Placa, zona urbana do município
de Independência/CE.
Art.
2º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.
Art.
3º Revogam-se as disposições em contrário.
ADERLÂNIA NORONHA
DEPUTADA
JUSTIFICATIVA:
Trata-se
de justa e merecida homenagem à memória de JOÃO LEVY MACEDO BONFIM, nascido em
17 de março de 2012, na Cidade de Fortaleza/CE. Filho de Fabrício Bonfim
Américo e Fransthiana Vieira de Macêdo
e irmão caçula de Beatriz Macêdo Bonfim, foi uma criança muito desejada e amada antes mesmo de sua
vinda ao mundo.
Logo
em seu primeiro mês de vida, João Levy foi
diagnosticado com hemangioma ocular, rara atrofia que
impactou diretamente no desenvolvimento de um dos seus globos, passando, assim,
a comprometer 50% de sua visão ativa. Em seu sexto mês, recebeu um novo
diagnóstico, uma condição caracterizada pelo acúmulo excessivo de líquido junto
ao seu cérebro, que normalmente causa o aumento do crânio e problemas de
desenvolvimento, podendo também desencadear outras complicações: a
hidrocefalia. Essa foi a primeira batalha, depois de
todo o empenho e prontidão dados pela equipe médica que o acompanhava, vencida.
Tudo
parecia voltar ao normal. Em 2015, João Levy teve seu
primeiro dia de aula na Escola Coração de Maria, na cidade de Independência, no
Ceará, onde frequentou por seis meses. Seus primeiros
passos mais firmes, seus poucos reflexos à voz daquelas pessoas mais próximas
que lhe arrancavam tantos sorrisos e suas palminhas faziam muitos corações
transbordarem de alegria. Em setembro do mesmo ano, após ser submetido a exames
de monitoramento, foi revelado que ele possuía um tumor cerebral, o qual
resultou em mais 8 horas de cirurgia no seu histórico médico. Mesmo após a
cirurgia, constatou-se que as células cancerígenas do tumor haviam se
multiplicado em outras direções, afetando agora sua coluna vertebral.
Na
busca do tratamento ideal, ele foi conduzido, em outubro, para São Paulo,
acompanhado por sua mãe, que esteve ao seu lado fielmente e a
todo momento. Nenhuma noite acordada e nenhum cansaço físico eram
capazes de abater a força, a coragem, a fé e a esperança daquela que mais soube
amá-lo.
João
Levy passou seus últimos cinco meses de vida na
terra, que mais pareciam uma eternidade, pois cada momento vivenciado com a sua
presença se tomou infinito para aqueles que o cercavam. Vítima de complicações
dadas pelo câncer, faleceu em 15 de março e foi
sepultado em 17 de março de 2016, quando faria 4 anos de idade, deixando uma
dor que só sente quem ama, uma saudade indefinida, mas brotando no coração de
sua família a certeza do amor mais puro e verdadeiro, amor que não se pode
calcular por nenhuma ciência humana, ensinando a todos que vale a pena lutar
cada minuto pela vida. João apenas balbuciava, mas ensinou muito (ou, quem
sabe, tudo) sobre o amor incondicional. No dia de sua partida, até o céu
chorou.
ADERLÂNIA NORONHA
DEPUTADA