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PROJETO DE INDICAÇÃO N.° 170/20

“FICA CERTO NA FORMA QUE INDICA A CRIAÇÃO DO MUSEU DO POVO CEARENSE, NA CIDADE DE FORTALEZA/CE”

 

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ INDICA:

Art. 1º. Fica certo na forma que indica a criação do Museu do Povo Cearense, na cidade de Fortaleza/CE.

Art. 2º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

 

 

 

BRUNO PEDROSA

DEPUTADO

 

 

 

JUSTIFICATIVA: 

Se você pudesse apostar na origem do povo cearense, para qual região do mundo apontaria? Muitas pessoas diriam, sem dúvidas, que os principais ancestrais são indígenas - afinal, o próprio escritor José de Alencar descreveu o mito de fundação da identidade brasileira em "Iracema". Contudo, uma pesquisa inédita de mapeamento genético no país revela que os ameríndios têm a segunda maior predominância na origem de onde o cearense é descendente. Em primeiro, estão os genes dos nórdicos que habitaram o norte gelado da Europa.

A pesquisa "GPS-DNA Origins Ceará" analisou as amostras de saliva de 160 cearenses, de todas as regiões do Estado e de várias etnias, a fim de mapear os povos que formaram essa população. Um dos objetivos era responder à pergunta-chave dos estudos de Parsifal Barroso no livro "O Cearense", lançado em 1969. À época, o autor se valeu de documentos e outros registros para construir sua teoria, mas, 50 anos depois, a tecnologia permitiu uma análise mais profunda das hipóteses.

Luís Sérgio Santos, professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e coordenador da pesquisa, explica que o resultado foi obtido a partir da metodologia GPS-DNA, criada pelo geneticista israelense-americano Eran Elhaik, consultor no estudo cearense. As amostras de saliva foram cruzadas com um banco de dados em laboratório, nos Estados Unidos, e permitiram a identificação de 28 grandes agrupamentos genéticos, chamados de "bolsões".

"A colonização do Brasil veio da Península Ibérica, mas a pesquisa, de certo modo, desconstrói essa tese. Ela mapeia até o ano 400, então é um tempo muito anterior à fundação de Portugal. Os resultados mostram que o branco europeu que colonizou o Brasil era escandinavo, viking, visigodo, e antes disso, alemão", explica o pesquisador, reforçando: "Por serem predadores, destruidores e impassíveis, eles deram um banho genético na Europa".

Diante do exposto, conto com os nobres pares n aprovação desta propositura que submeto a este Soberano Plenário.

 

 

 

BRUNO PEDROSA

DEPUTADO