PROJETO DE LEI N° 466/19

“DENOMINA DE JOÃO BOSCO BANDEIRA SILVA, O CAMPINHO (ARENINHA TIPO II) SITUADO NO MUNICÍPIO DE ERERÉ.”

 

 

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ DECRETA:

Art. 1º – Fica denominada oficialmente de “JOÃO BOSCO BANDEIRA SILVA, o campinho (Areninha tipo II) situado no Município de Ereré – Ce

Art. 2º – Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º – Revogam-se as disposições em contrário

 

ANTÔNIO GRANJA

DEPUTADO

 

JUSTIFICATIVA

Faço uso da brilhante Biografia escrita pelo Professor, Mestre Maxilon Rufino da Silva para justificar o presente projeto de lei.

A Trajetória de um homem nem sempre é como um dia foi por ele mesmo sonhado. Parece que o destino se encarrega na maioria das vezes em pregar algumas peças que nem mesmo o melhor roteirista seria capaz de descrever. Hoje me veio a necessidade de traçar algumas linhas que, mesmo de forma modesta, tenta transparecer o que foi a vida, tão brevemente tirada, de João Bosco.

João Bosco veio ao mundo no dia 12 de setembro de 1980, no Sítio Lagoa, município de Ereré. Filho de um casal de agricultor, Cicero Sabino da silva e Maria José Bandeira Silva, completava uma família com mais de 5 irmãos. Sua paixão pelo futebol veio cedo. Conta-se que aos seis anos de idade já passava parte do seu tempo correndo atrás de uma bola. Com o tempo esse habito virou um modo de vida, sabemos que o mesmo dedicou uma vida inteira a fazer valer o sonho de ser um atleta. Com 10 anos de idade já ajudava seus pais nas tarefas diárias, sempre demostrando muita disposição e dedicação ao que se fazia. Sua vida nesse tempo, assim como da maioria dos sertanejos, era sofrida. Sua família vivia da roça e todo seu sustento dependia dos anos de inverno, o que nem sempre acontecia.

Desde cedo, João Bosco demonstrou uma habilidade invejável com a bola. Destacou -se também pelo seu preparo físico e persistência em jamais desistir de uma jogada, algo que ficou marcante na sua vida: Lutar pelos seus objetivos, ainda que enfrentasse todo tipo de adversidade.

No ano de 2000 construiu uma vida conjugal com Erinete Pereira de Oliveira, hoje falecida, com quem teve dois filhos: Marcos André e Luiz Fernando, provavelmente o fato mais importante de sua vida, pois deixou o legado da sua história na corrente sanguínea desses dois dados por Deus.

Sua trajetória no futebol tiveram vários capítulos, pois destacou-se não só por jogar, mas por ser um grande desportista e incentivador do esporte. Esteve a frente de vários times, tanto jogando como organizando esses times. Jogou nos times do: Milagres, Ajax, Maior, Tomé vieira. Uma das vitórias mais marcantes foi a final do campeonato municipal, quando defendia o Ajax e venceu o Tomé vieira por 2 x 0.

O futebol lhe deu de presentes várias amizades duradouras, Amizades que foram construídas desde os tempos de infância, onde disputava suas peladas nos campinhos de Várzea ao lado de parceiros inesquecíveis como: Luquinha, Betinho, Augusto e Déda.

O destino lhe reservou um golpe fatal. No dia 04 de Abril de 2013, quando vinha da Vila Tomé Vieira em sua motocicleta e foi surpreendido pela presença de um jumento de cruzada o asfalto. Ao se chocar com o mesmo veio a falecer no local. O Ereré perdeu um de seus melhores atletas. Sua família perdeu um pai, um irmão e um filho. Todos choraram a sua perda. O céu ganhou mais uma estrela, e quem sabe, no jogo da eternidade ele possa encontrar o descanso eterno, fazendo aquilo que mais gostava, correr atrás de uma bola ao lado de seus melhores amigos.

 

ANTÔNIO GRANJA

DEPUTADO