PROJETO DE LEI N.º 02/2018

“ DENOMINA DE JOSÉ VALDEIR DA SILVA – BIT BIT, A ARENINHA DO MUNICÍPIO DE ITAPIPOCA – CE. “

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ DECRETA:

Art. 1º – Fica denominada oficialmente de “ JOSÉ VALDEIR DA SILVA – BIT BIT", a Areninha do Município de Itapipoca – Ce.

Art. 2º – Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º – Revogam-se as disposições em contrário.

ANTÔNIO GRANJA

DEPUTADO

JUSTIFICATIVA

José Valdeir da Silva, conhecido como Bit Bit, nasceu na cidade de Itapipoca, interior do estado do Ceará em 09 de fevereiro de 1949, no bairro do Coqueiro, filho de Severino Alves da Silva e Francisca Soares da Silva.

Tem dois irmãos, José Valdecy e Maria Valdenir, quatro sobrinhos, não foi casado e não teve filhos.

Nasceu de uma família simples, e com um ano e cinco meses de idade, ficou órfão de pai e com dois anos de idade, perdeu a mãe. A partir daí foi criado pelos avós maternos. Aos cinco anos de idade sofreu paralisia infantil, impossibilitando-o pro resto da vida. Anos depois, estava em cima de um animal, quando sofreu uma queda, deixando-o com uma má formação óssea. Era conduzido nos braços de seus familiares, após algum tempo foi se adaptando a andar de muletas.

A origem do apelido Bit surgiu através de uma música de carnaval (ele era sempre conduzido para a agência do conhecido Cafita para tocar cavaquinho e cantar a música que fez sucesso na década de 60).

Após anos em Itapipoca, acompanhado de sua avó, veio para Fortaleza, após o falecimento dela, voltou para sua terra natal. Chegou a morar também em Crateús por dois anos na década de 80 e retornando posteriormente para Fortaleza, no clube do seu tão amado time, Fortaleza. Voltou para Itapipoca onde viveu os momentos mais felizes de sua vida, e como ele mesmo dizia, desta cidade não sairei, nasci, vivo e morrerei aqui...e assim foi.

Aprendeu a ser repórter com o amigo e grande profissional, José Ivo. Acompanhava-o no carro de som, quando fazia suas divulgações pela cidade, e assim foi aprendendo até se tornar repórter, através do ensino do José Ivo. Pegou gosto pelo que fazia e se tornou profissional, um nato radialista, com muito amor.

Foi treinador de time, era muito ligado ao esporte, mesmo não podendo fisicamente como esportista, mas estava ali, sendo um exemplo de determinação e mostrando sua paixão pelo que fazia.

Fez amizades por todo lugar que frequentava, dentro e fora de Itapipoca. Uma das suas grandes características e qualidades era a amizade, adorava e as mantinha como uma jóia preciosa, um legado que deixou para todos os que tinham sua amizade e sua família que tanto o ama.

Criou gosto pela política, mas não tinha interesse de se candidatar a algo, pois o seu prazer era participar, apoiando, incentivando aqueles que ele acreditava que faria algo de bom para a Itapipoca amada e seus habitantes.

Suas paixões além da família e amigos, era a Gloriosa (como identificava a Instituição da Policia Militar do Ceará, do qual era pensionista através de seu pai Severino, que era policial), o time do Fortaleza, que graças a Deus presenciou em vida e em casa, a ida do seu time amado de volta a série B, e por fim a política, mas precisamente a vitória, a volta da família Barroso no ano passado para a prefeitura de Itapipoca, onde ele teve a honra de ter participado de toda a campanha e ser um dos funcionários este ano (algo que falava entre sua família e amigos, tão prazeroso e orgulhoso que era de estar com uma função lá dentro), obrigada ao Prefeito de Itapipoca, João Ribeiro Barroso e ao Secretário de Educação, Paulo Henrique Barroso, eternos admiradores e amigos.

Uma de suas marcas, era o seu aniversário, adorava comemorar na rua, em frente a sua casa com quase 200 convidados, sempre. Ficava ansioso da organização até o dia da festa, momento sublime pra ele, para a família e seus amigos que sempre o prestigiaram, e como ele mesmo dizia “ sua presença é o meu presente”.

O famoso Bit tinha muitos amigos, mas os próximos, os que faziam parte do seu escritório (não será citados nomes, mas cada um que sabe o quanto foi participativo em sua vida, sabe que está sendo lembrado), como era chamado carinhosamente sua casa, para encontro de diversos assuntos, era para aqueles que faziam questão e podiam dividir um momento de risadas, conversas, curiosidades, debates sadios e a presença deste filho ilustre. Algo marcante na Rua Frei Cassiano, 875, lugar que não será mais o mesmo desde o dia 03 de dezembro de 2017, data de seu falecimento, onde estava internado há cinco dias, vindo a óbito na noite deste dia por uma insuficiência renal grave. Não vê-lo mais a tarde na calçada, após às 16horas até a noite com o seu cumprimento por quem passava a pé, moto, carro ou sentar para uma prosa.

Suas lembranças agora estão nos corações e pensamentos de todos que o conheciam, admiravam e amavam, ele sempre com a inteligência e sabedoria da palavra certa, no momento certo até o último dia, desta para a vida eterna ao lado de Deus.

Como ele mesmo cantava:

“Itapipoca minha terra adorada, querida e amada do meu coração”.

Como ele mesmo falava:

“A distância separa os corpos, porém, jamais os corações”.

ANTÔNIO GRANJA

DEPUTADO