PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 01/2013
Institui 2013, no Ceará, o ano Senador Almir Pinto.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO CEARÁ DECRETA:
Art. 1° A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará institui o Ano Senador Almir Pinto como forma de homenagear eminente cearense por ocasião do seu centenário de nascimento.
Art. 2° Serão realizados os seguintes eventos do centenário do Senador Almir Pinto:
I - Sessão Solene de lançamento do Ano Senador Almir Pinto no Plenário da AL.;
II - Lançamento da Biografia do Dr. Almir Pinto, de autoria do escritor Juarez Leitão;
III - Seminário na Cidade de Maranguape sobre a obra e a vida do Dr. Almir Pinto;
IV - Seminário na Cidade de Lavras da Mangabeira sobre a ancestralidade do Dr. Almir Pinto: famílias Augusto, Nogueira Pinto e Santos;
V - Exposição Documental e iconográfica da vida familiar e pública do Dr. Almir Pinto no Memorial Pontes Neto da AL;
VI - Produção de documentário sobre a vida e a obra do Dr. Almir Pinto pela TV Assembléia;
Art. 3° Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
WELINGTON LANDIM
DEPUTADO
JUSTIFICATIVA
Almir Pinto não esteve acima nem abaixo de sua época. Foi um contemporâneo da História, ajudando a construí-la. Homem de seu tempo, cumpriu com absoluta lucidez sua trajetória vital. Teve a completa consciência de sua tarefa humana como profissional, como cidadão, como representante popular e agente social.
Personalidade iluminada, ninguém o conheceu sem ficar marcado por sua cordialidade, fidalguia altaneira, inteligência, capacidade realizadora e um desprendimento que o tornava um dos expoentes da solidariedade em nosso meio.
Diligente e responsável, manteve um vínculo de fidelidade aos seus objetivos, que sempre foram elevados e altruísticos. Viveu a serviço do bem e pelo bem-comum travou todas as lutas e enfrentou todos os empecilhos, correndo riscos, muitas vezes pagando um alto preço por seu ideal.
Vocacionado para a medicina e para a vida pública, foi um grande médico e um grande parlamentar. Dessas duas vertentes fez seu rio e com ele tentou alagar e fertilizar o árido destino cearense e, especialmente, da terra que escolheu para desempenhar sua peripécia humana.
Sua vida, que tem início em 1913, foi operosa, dinâmica e intensamente amorosa e feliz. Tinha uma grande afeição pela vida, a sua e a dos outros.
Atuou na cena pública com lealdade, abnegação, ética, respeito e compromisso cívico. Por esse ideal político viveu com declarada vocação para servir a sociedade e aos soberanos ideais humanos.
Expoente do foi eleito em 1947, 1951 (em um pleito suplementar), PSD deputado estadual 1954, 1958 e 1962 até ingressar na ARENA após o Regime Militar de 1964 e se reeleger nos anos de 1966, 1970 e 1974. Por três vezes presidente da Assembleia Legislativa, vindo assumir algumas vezes o Governo do Estado. Em 1978 foi eleito primeiro suplente do senador César Cals exercendo o mandato durante todo o governo João Figueiredo (1979-1985) visto que o titular foi nomeado Ministro das Minas e Energia.
Era um homem universal, cosmopolita, porém, nunca esqueceu a aldeia. Tinha absoluta identidade com o seu espaço de atuação, o povo simples, as festas populares, a paróquia, a feira, se comprazendo em conviver com a sociedade que assistia e pela qual empenhava sua energia e capacidade produtiva.
Barros Pinho, seu genro, um intelectual conhecido pela sinceridade, declarava que “as funções públicas vieram ao Doutor Almir antes mesmo que as fosse buscar. Tinha a sabedoria de mestre, recolhido ao mosteiro, preparando-se para conquistar o mundo. Isto não é a medida da ambição. Chama-se ora cautela, ora prudência que os pessedistas adotaram com muita eficácia, para se manterem firmes no tecido do poder. Poder que não ostentavam majestosamente, mas seguravam com firmeza profissional, diferente de muitos aventureiros e amadores de hoje que confundem o poder político com o lucro da iniciativa privada.”
Este homem incomum, de aparência serena e grande força moral, deveria constituir um exemplo cearense para as novas gerações. Deixá-lo passar sem um olhar demorado, sem um enfoque mais acurado da História seria um descuido indesculpável.
Sua história deve ser mostrada, hasteada como modelo à juventude, como matéria-prima do caráter que queremos formar na índole cearense.
Portanto, contar a história de Almir Pinto, no ano de seu centenário, é uma missão sagrada para a sua família, seus amigos, seus eleitores, e, ainda, para os que foram atendidos por sua medicina e para o povo e a terra cearenses. Uma homenagem à honestidade e ao compromisso sublime de bem servir à humanidade.
WELINGTON LANDIM
DEPUTADO