PROJETO DE LEI N.º 181/13

 

 

FICA DENOMINA OFICIALMENTE DE ELZE ALVES LIMA VERDE MONTENEGRO, A FACULDADE TECNOLÓGICA-FATEC, EM IGUATU/CE.

 

 

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ, DECRETA:

 

Art. 1º - Fica denominada oficialmente de ELZE ALVES LIMA VERDE MONTENEGRO, a Faculdade Tecnológica -FATEC, em Iguatu/CE.

 

Art. 2º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

 

Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

 

PAÇO DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÀ, em Fortaleza.aos 21 de agosto de 2013.

 

DEPUTADO JOSÉ ALBUQUERQUE

Presidente

 

JUSTIFICATIVA

 

Elze Alves Lima Verde Montenegro, nasceu em Iguatu, em 07 de setembro de 1930. Filha do Major Deoclécio Lima Verde e Maria Alves de Oliveira. Casou-se, em 08 de março de 1955, com o Dr. José Holanda Montenegro. Dessa união nasceram os filhos: José Elson, Virgínia, José Helder, Ana Cláudia, José Hilton e Geisa.

 

Iniciou os estudos em Iguatu, transferiu-se para Milagres-CE, onde ficou sob os cuidados do seu tio, Pe. Joaquim Alves de Olveira, depois estudou no Crato e em Fortaleza; nesta concluiu o Curso Técnico em Economia Doméstica, na Escola Doméstica São Rafael, em 1948.

 

Ao retornar à cidade natal, passou a lecionar no Colégio São José, a dirigir o lactário da Maternidade Santa Terezinha, hoje Hospital Dr. Agenor Araujo, sendo a primeira pessoa a prestar serviços àquela casa, ainda em construção. Em 1955, foi fundada em Iguatu a Escola de Economia Doméstica Rural Elza Barreto, oportunidade em que lhe foi confiada a direção dessa instituição. D. Elze conduziu o Colégio Elza Barreto com muita fibra e determinação, mostrando a todos que, com firmeza e serenidade tudo se consegue em prol de uma causa justa. As vitórias foram muitas à frente dessa casa de educação: transformou uma pequena escola que funcionava em uma casa alugada em uma instituição de grande abrangência que atende não só aos estudantes de Iguatu mas a toda Região Centro-Sul do Ceará, tendo a mesma duas sedes: uma na cidade e outra na vila Cajazeiras. A pequena Escola Doméstica foi transformada na atual Escola Agrotécnica Federal de Iguatu, graças ao seu talentoso trabalho e aos que compunham a sua equipe e ao apoio incondicional do seu idealizador. Dr. Adahil Barreto Cavalcante.

 

Outra grande vitória à frente da escola foi conseguir, junto ao Ministério da Educação, a permanência da Escola Agrotécnica de Iguatu ao Governo Federal e não vinculada ao Governo Estadual, como queriam algumas autoridades de Iguatu.

 

No decorrer dos anos na direção da Escola Agrotécnica Federal de Iguatu, teve a oportunidade de se aprimorar profissionalmente, tanto na área de economia doméstica como na área de administração escolar. Participou de congressos e cursos em diversos estados da federação, incluseve, de um curso de especialização, em 1966, na Universidade de PURDUE, nos Estados Unidos, durante três meses. Em 1982, após 29 anos dirigindo a Escola Agrotécinica Federal de Iguatu, requereu a sua aposentadoria.

 

Devido ao seu dinamismo, a sua capacidade de trabalho e à seriedade que sempre teve na condução da coisa pública, assumiu, em épocas de calamidades e, Iguatu, cheias de Jaguaribe ou secas, a presidência da Defesa Civil local. Foi escolhida interventora da Cooperativa de Eletrificação Rural da Bacia do Orós – CERBO, em 1987, visto que a cooperativa necessitava de uma pessoa séria e capaz para solucionar os graves problemas que a enfrentava. Em 1991, realizou o último trabalho de grande importância em favor da educação de Iguatu: construiu o prédio destinado ao funcionamento do Colégio Polos e acompanhou toda a sua implantação. Hoje, essa instituição é competentemente conduzida por sua filha, Dra. Virgínia Montenegro Ribeiro.

 

Pelos relevantes serviços prestados ao nosso município. Dona Elze Alves Lima Verde Montenegro recebeu significativas distinções: em 1971, “Voto de Louvor”, conferido pela Maçonaria de Iguatu, Loja Deus e Liberdade Nº 10; em 1973, Diploma de Honra ao Mérito”, conferido pelo LIONS Clube de Iguatu; em 1977, o prefeito municipal de Iguatu, Antônio Adil de Mendonça, denominou a Escola de 1º grau, situada na rua Dário Rabelo, de Escola Elze Alves Lima Verde Montenegro; l985, “Reconhecimento e Mérito”, conferido pela Cruz Vermelha e nesse mesmo ano, foi agraciada com o troféu “Telha de Ouro”, conferido pelo Jornal DE FATO; recebeu, também, distinções da Câmara Municipal de Iguatu, da Prefeitura Municipal e do SESC de Iguatu.

 

Os seus dotes intelectuais foram de suma importância para a cultura e a história de Iguatu, visto que D. Elze foi uma das maiores estusiásticas e defensosas da preservação e divulgação da historia da nossa cidade. As suas ações não se limitavam somente à retórica, temos como exemplo o casarão onde morava, constuido em 1908, pelo su pai; a casa em que nasceu o seu esposo, Dr. Montenegro, em Alencar, a casa construida pelo seu avô materno, cel. José Alves de Oliveira, no sitio Coati, em 1911; todas essas casas estão preservadas graças ao seu esforço. Dona Elze salvou da destruição documentos e histórias que revelavam parte do passado de Iguatu.

 

Pelo exposto, tenho a certeza de que os nobres pares desta Augusta Casa Legislativa emprestarão o necessário apoio à presente proposição, conferindo a sua tramitação o necessário empenho, para que no espaço mais breve venha assim, esta proposta a ser transformada em realidade.

 

PAÇO DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, aos 21 de agosto de 2013.

 

JOSÉ ALBUQUERQUE

DEPUTADO