PROJETO DE LEI N.º 36/15

 

( Oriundo do PROJETO DE LEI N.º 88/14 )

 

Denomina de “JOSÉ BENTO FERREIRA” a Escola de Ensino Médio no Distrito de Caiçara, localizado no Município de Cruz.

 

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ DECRETA:

 

Art. 1º. – Fica denominada de “JOSÉ BENTO FERREIRA” a Escola de Ensino Médio no Distrito de Caiçara, localizado no Município de Cruz.

 

Art. 2º. – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

 

Art. 3º. – Revogam-se as disposições em contrário.

 

Sala das sessões da Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, em 07 de Novembro de 2014.

 

SERGIO AGUIAR

DEPUTADO

 

 

JUSTIFICATIVA

 

Filho de numerosa prole do casal: Bento Ferreira Filho e Francisca Lourença de Freitas; JOSÉ BENTO FERREIRA nasceu aos nove dias do mês de janeiro do ano de mil novecentos e trinta e cinco, na pequenina localidade de Jijoca, a este tempo, município de Acaraú.

 

A pobreza e as dificuldades de sobrevivência eram presentes; uma luta diária e constante, e, como era comum às famílias àquela época, de cedo, ajudava na labuta da lavoura como meio de subsistência.

 

Mesmo com as dificuldades tão presentes em se lidar com terra pelas intempéries e flagelo da seca, não era motivo de esmorecer-lhe seu amor pelo ofício da agricultura.

 

Com vinte anos de idade, enamorou-se de Geralda Ferreira da Silva, com quem veio contrair núpcias no ano de mil novecentos e cinquenta e cinco, fixando residência, após este enlace, na localidade de Jijoca dos Bentos, pequeno nicho populacional de familiares seus. Desta profícua união foram gerados quatorze filhos.

 

A religiosidade era latente na história de sua família e esta crença lhe foi passada por seus pais, o que fez com que sua fé encontrasse “terra boa a ser cultivada e desse bons frutos”, ainda que a fome e as necessidades do cotidiano de tão numerosa família teimassem contra sua crença em Deus, sempre se manteve inabalável em seu propósito de cristão. Mesmo quando as secas intermitentes reduziam-lhe a esperança pela sobrevivência da agricultura, não lhe era diminuído o carinho que este tinha pelo mister de lavrar a terra.

 

Na procura por melhores condições de vida para o sustento dos seus, migrou com toda sua família para a localidade de Castelhano, região próxima à costa da Praia das Barrinhas de Baixo, onde permaneceu por um longo período até o ano de mil novecentos e oitenta e três, onde novamente mudou com sua família com a esperança de melhores terras a serem trabalhadas e veio a fixar residência definitiva até o dia de sua morte, em vinte e cinco de março do ano de dois mil e treze, na localidade que hoje é o distrito de Caiçara, que lhe rende homenagem meritória com a nominação desta escola rural, justificando-se esta honraria por sua história de luta e sobrevivência da terra, que tudo lhe deu.

 

Sua história foi sempre pontuada pela suplantação dos impedimentos que a vida parecia impor-lhe e provar-lhe a fé que sempre teve na superação do que lhe era posto à prova. Nunca esmoreceu, e, hoje, é exemplo a ser enaltecido de pai, homem honrado e trabalhador que tem sua parcela de contribuição nos anais das figuras que contribuíram para o engrandecimento do município de Cruz.

 

SERGIO AGUIAR

DEPUTADO