PROJETO DE LEI N.º 23/15

 

DENOMINA ANA DE SIQUEIRA GONÇALVES A ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO DO DISTRITO DE MONTE SION, MUNICÍPIO DE PARAMBU.

 

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO CEARÁ DECRETA:

 

Art. 1º. Fica denominada Ana de Siqueira Gonçalves a Escola de Ensino Médio, localizada no distrito de Monte Sion, no município de Parambu, Estado do Ceará.

 

Art. 2º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

 

Salas das Sessões da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, em 02 de março de 2015.

 

MOISES BRAZ

DEPUTADO

 

 

 

JUSTIFICATIVA

 

ANA DE SIQUEIRA GONÇALVES foi uma admirável benfeitora no distrito de Monte Sion, entre os anos de 1940 a 1990. Natural de Afogados da Ingazeira-PE, filha de Amâncio de Siqueira Rosa e Francisca de Siqueira Rosa, nasceu em 04 de abril de 1917.

 

Aos 19 anos veio junto com o seu pai e a madrasta morar no Sítio Riacho Fundo, comprado por seu genitor. No sítio construíram casa, engenho e açude, além de trabalharem no cultivo da cana-de-açúcar e outros gêneros agrícolas.

 

Em meados de 1946 casou-se com Manoel Pedro Neto, com que teve oito filhos. Em 1949, com o falecimento de seu pai, herda parte das terras do Sítio Riacho Fundo. A partir daí toma a decisão de doar terrenos para a construção de casas de muitas famílias que chegavam ao Monte Sion. Acrescido a isso, ela permitiu que fossem feitos tijolos e telhas em sua propriedade, bem como, a retirada de madeira para o telhado, portas e janelas das casas.

 

Dentre tantas benfeitorias e serviços prestados em prol da comunidade, doa parte de seu patrimônio para a construção do cemitério público do distrito, além da cessão de terrenos de sua propriedade para a construção do Açude do Bolsão, que abastece Monte Sion até hoje, além de áreas para a construção de campo de futebol e retransmissora de televisão.

 

Costumeiramente permitia que as pessoas plantassem hortas em suas terras para o próprio consumo, ou cultivassem roças de milho, abobora e melancia para a subsistência das famílias sem a necessidade de pagar renda por utilização de sua propriedade.

 

O povo de Monte Sion de sua época a chamava de “Madrinha Ana”. Muitos, independente da idade, pediam sua benção sempre que a encontravam. Foi uma figura muito respeitada e querida pela sua generosidade e afeto para com todos. Dedicou a vida à sua família e ao acolhimento das pessoas que estavam ao seu redor. Era de mesa farta e sentia-se profundamente gratificada em ser generosa com as pessoas. Possuía ainda grande amor pelos animais e não gostava de saber que nenhum era maltratado, indignava-se e partia em defesa destes.

 

Em sua simplicidade e grandeza de espírito cativou a muitos de seu tempo deixando um legado de bondade e amor. Trata-se, portanto, de uma justa e merecida homenagem a uma pessoa que muito se dedicou e trabalhou para o engrandecimento e desenvolvimento de sua comunidade. Faleceu em 05 de maio de 1991, de causas  naturais, em Monte Sion, Parambu.

 

MOISES BRAZ

DEPUTADO