PROJETO DE LEI Nº 22 /2013
DENOMINA DE PADRE AGAMENON DE MATOS COELHO
A RODOVIA CE-375 NO TRECHOQUE LIGA OS MUNICÍPIOS
DE ASSARÉ E TARRAFAS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
Art. 1º. Fica denominado de Padre Agamenon de Matos Coelho a rodovia CE-375 no trecho que liga os municípios de Assaré e Tarrafas.
Art. 2º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º. Revogam–se as disposições em contrário.
Sineval Roque
Deputado Estadual
JUSTIFICATIVA
Padre Agamenon de Matos Coelho, nasceu no dia 15 de março de 1912, na cidade de Jardim, neste Estado e descendia das famílias Matos e Coelho, de Ouricuri-PE. Era o segundo filho do casal Anísio Rodrigues Coelho e Rufina de Matos Coelho. Viveu sua infância como qualquer criança de classe média, em sua cidade natal, onde iniciou sua vida estudantil, alimentando a vocação religiosa. Aos 16 anos de idade, exatamente em 1928, ingressou no Colégio São Jose, no Crato, e ali permaneceu até concluir o Seminário Menor. Em 1933, foi transferido para o Seminário da Prainha, em Fortaleza, onde se tornou padre, no dia 06 de dezembro de 1936, celebrando sua primeira missa dois dias após sua ordenação, na cidade Ouricuri, para alegria de sua família. No dia 15 de março de 1938, dois anos depois de ser ordenado, e, auxiliando nas paróquias de Iguatu e Lavras da Mangabeira, respectivamente, foi empossado vigário de Assaré, vindo a ser provisionado pároco, somente em 24 de fevereiro de 1941, função que exerceu até os últimos dias de sua existência.
Durante 42 anos à frente das Paróquias de Assaré, Tarrafas e Antonia do Norte, o Padre. Agamenon muito idealizou e realizou em favor da formação espiritual do povo destas três paróquias. Era um verdadeiro apóstolo, empenhado e zeloso em sua prática missionária. Realizou em Assaré 57.246 batizados, assistiu 7.544 casamentos e auxiliou em 19.113 crismas. Fundou a Ordem 3ª Franciscana, o Apostolado da Oração, a Cruzadinha Eucarística, o Grupo Irmãos do Santíssimo Sacramentado, a Arquiconfraria do Perpetuo Socorro e fortaleceu a Irmandade das Filhas de Maria. Visitava frequentemente as comunidades rurais, enfrentando toda sorte de obstáculos, quando até o cavalo foi usado como meio de transporte. Além de pastor, operava também como conciliador nas causas que surgiam na Paróquia, porque gozava de extraordinário respeito e confiança por parte do povo e até
defendia presos das mãos da policia, quando esta se excedia nos maus tratos.
Sua memória continua viva em muitos corações assareenses, principalmente, naqueles que se beneficiaram do seu apostolado. Encerrou sua missão no dia 1º de julho de 1980, sendo sepultado em lugar de destaque neste templo para o conforto daqueles que o amavam e admiravam. Diante do exposto, conto com os nobres pares na aprovação desta propositura que submeto a este Soberano Plenário.
SINEVAL ROQUE
DEPUTADO (A)