PROJETO DE LEI N.º 116/2013
DENOMINA DE SILVESTRE MARTINS CHAVES O TRECHO DA CE - 277 QUE LIGA O MUNICÍPIO DE CATARINA AO DISTRITO DE CACHOEIRA DE FORA, MUNICÍPIO DE ARNEIROZ, ESTADO DO CEARÁ
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ DECRETA:
Art. 1º. Denomina de Silvestre Martins Chaves o trecho da CE - 277, que liga o município de Catarina ao Distrito de Cachoeira de Fora, município de Arneiroz, Estado do Ceará.
Art. 2º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
PAÇO DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ, em 07 de maio de 2013.
DEDÉ TEIXEIRA
DEPUTADO
JUSTIFICATIVA
Silvestre Martins Chaves escreveu sua trajetória em meio às dificuldades do sertão cearense. Nascido na antiga Vila dos Freitas, em Mombaça, o agricultor, ainda que órfão desde criança, encarou a vida com ousadia e coragem e ajudou a escrever a história do sertão dos Inhamuns, deixando para seus filhos um legado de bons exemplos.
Sua família tornou-se uma das mais tradicionais no sertão dos Inhamuns e até hoje exerce influencia e desfruta de prestígio no Ceará. Martins Chaves é bisavô, por exemplo, do atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil secção Ceará (OAB-CE), Valdetário Andrade Monteiro, e do secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Luiz Odorico Monteiro de Andrade.
Espelhados no pai, que sempre demonstrou força, coragem e lealdade, seus 12 filhos chegaram a ocupar cargos na administração pública em diversos municípios e foram grandes comerciantes e agropecuaristas.
Até hoje, a trajetória de vida de Martins Chaves é lembrada nas conversas de calçada e está marcada nos corações de seus familiares, espalhados em diversos municípios cearenses.
Sua história de vida começa na localidade de Vila dos Freitas, em Mombaça. Ali, no dia 14 de janeiro de 1875, Silvestre Martins Chaves estava chegando ao mundo, filho de Felipe Aires Santiago e Josefa Araújo Chaves. Martins Chaves teve três irmãos, sendo que um deles morreu com apenas 13 anos de idade, o que representou uma grande perda para a família.
Mais tarde, outra perda. Ainda criança, Silvestre assistiu à morte dos pais, o que o fez ir morar com um irmão do seu padrinho de batismo, chamado João Pompeu de Araújo, no sítio Barro Vermelho, ainda em Mombaça. João Pompeu era um tradicional comerciante e fazendeiro da região e deu abrigo a Silvestre até que este, ainda adolescente, começara a ser independente na vida, casando-se aos 17 anos. Maria Martins Chaves, sua primeira e única esposa, foi a mãe de seus 12 filhos.
Foi com muita luta e persistência, que Silvestre e Mariinha – como era conhecida sua esposa – conseguiram educar e criar todos os filhos, em meio às dificuldades e perrengues e do sertão. Nasceram todas as crianças na localidade de Cachoeira de Fora, em Arneiroz, para onde Silvestre se mudou, em 1904, ao lado da esposa e de um irmão após, deixarem a casa de João Pompeu.
Posteriormente, Silvestre e sua família passaram a residir na localidade de Serra Pelada, município de Catarina. Nessa região construiu sua residência e nomeou o seu sítio de Quandus, que ficava vizinho a Serra Pelada, ainda em Catarina. Morreu em seu próprio sítio no dia 04 de novembro de 1947.
Silvestre Martins Chaves foi pai de: José Raulino de Araújo, João Martins Chaves (Rosino), Idalice Martins Chaves, Manoel Martins Chaves (Rola), Rita Martins Chaves (Lira), Pedro Martins Chaves (Pepê), Antonia Martins Chaves (Antonina), Francisco Lourival Chaves, Joaquim Martins Chaves (Quinô), Roque Martins Chaves, Fausto Chaves Pedrosa e Enéas Martins Chaves.
Diante do currículo admirável, a homenagem requerida é uma medida impositiva para fazer justiça ao trabalho desenvolvido e prestado à população cearense.
DEDÉ TEIXEIRA
DEPUTADO